Como trabalhamos

Como trabalhamos

Pesquisa

Censos bianuais:

Uma das ações de pesquisa do Projeto é o monitoramento da população de onças-pintadas no Parque Nacional do Iguaçu. São conduzidos censos bianuais, em conjunto com o Proyecto Yaguaraté, da Argentina, desta forma são amostradas áreas no Corredor Verde nos dois países simultaneamente. É um dos maiores esforços mundiais de monitoramento de onças, com cerca de 600.000 hectares amostrados, já há 12 anos. Entre 2009 a 2020 a população de estimada de onças-pintadas no Parque Nacional do Iguaçu passou de 11 para 24 animais. Considerando o Corredor Verde (Brasil e Argentina, a população atual estimada é de 90 indivíduos. Isso representa cerca de um terço de todas as onças-pintadas estimadas para o bioma Mata Atlântica.

Censos bianuais:

Uma das ações de pesquisa do Projeto é o monitoramento da população de onças-pintadas no Parque Nacional do Iguaçu. São conduzidos censos bianuais, em conjunto com o Proyecto Yaguaraté, da Argentina, desta forma são amostradas áreas no Corredor Verde nos dois países simultaneamente. É um dos maiores esforços mundiais de monitoramento de onças, com cerca de 600.000 hectares amostrados, já há 12 anos. Entre 2009 a 2020 a população de estimada de onças-pintadas no Parque Nacional do Iguaçu passou de 11 para 24 animais. Considerando o Corredor Verde (Brasil e Argentina, a população atual estimada é de 90 indivíduos. Isso representa cerca de um terço de todas as onças-pintadas estimadas para o bioma Mata Atlântica.

Instalação de armadilhas fotográficas para censo de onças-pintadas

Pontos e amostragem do censo de onças-pintadas
no Parque Nacional do Iguaçu

Projeto Onça

Evolução da população de onças-pintadas no Parque Nacional do Iguaçu

Monitoramento contínuo de fauna

Além dos censos bianuais o projeto também monitora continuamente a fauna do parque, o que permite um acompanhamento da atividade das onças e o monitoramento de outras espécies.

Instalação de armadilhas fotográfica para monitoramento contínuo de fauna

Armadilha fotográfica

Projeto Onça
Projeto Onça

Animais registrados no Parque Nacional do Iguaçu

Estudo da dieta e ecologia isotópica

O estudo da dieta das onças-pintadas é feito através da análise de conteúdo fecal de amostras coletadas durante atividades em campo. A identificação das espécies predadoras é feita por meio de sinais deixados no local da deposição das fezes (pegadas e arranhões).
A análise do material está sendo feita na ESAlq – USP, pela doutoranda do PPGI-EA/ESALQ/CENA, Ana Beatriz Almeida. Ela está fazendo o doutorado sob orientação da Profa. Dra. Kátia Ferraz e co-orientação do Dr. Marcelo Magiogli, nesta instituição.
Essas análises são feitas em parceria com o Dr. Marcelo Moreira, do Laboratório de Ecologia Isotópica CENA/USP.

Amostra de fezes de onça-pintada

Coleta de fezes de onças

Fezes processadas no laboratório do LEMaC/ESALQ

Monitoramento de onças-pintadas com rádio-colares

O Projeto captura onças-pintadas e pardas para instalação de colares que permitem que os animais sejam monitorados através de satélite e por VHF, gerando dados como deslocamento, área de vida e atividades. Durante as capturas também são coletados dados biométricos e materiais biológicos para análises, como sêmen e sangue. Esse trabalho é feito em parceria com o CENAP/ICMBio e Proyecto Yaguareté (Argentina).

Captura e colarização de onça-pintada. Fotos: Emílio White

Onça-pintada Indira com colar.
Foto: Rogério Cunha

Sobrevoando o Parque Nacional do Iguaçu procurando
o sinal VHF do colar de uma onça-pintada.

Monitoramento de corredores de vegetação adjacentes ao Parque Nacional do Iguaçu

O Projeto está avaliando corredores de vegetação adjacentes ao PNI para monitorar seu uso por grandes felinos e também por suas presas.

Instalação de armadilha fotográfica para monitoramento de corredores.

Pontos de amostragem no Corredor
Santa Maria
Pontos de amostragem em corredor de
Lindoeste

Estudo de base de presas

Grid amostral do estudo de base de presas

Essa pesquisa integra e complementa o “Projeto Ecologia trófica, diversidade funcional e ocorrência de mamíferos na Mata Atlântica”, desenvolvido pelo Laboratório de Ecologia, Manejo e Conservação de Fauna Silvestre da ESALQ- USP (LEMAaC).

Potenciais presas de onças-pintadas registradas no Parque Nacional do Iguaçu.

Engajamento

O Projeto desenvolve atividades de engajamento com as comunidades dos 10 municípios lindeiros ao Parque Nacional do Iguaçu.
A meta é transformar o medo em encantamento e criar um forte vínculo entre as comunidades e o projeto.
O projeto tem ações específicas para cada público, como:

Onça na Escola

São atividades desenvolvidas em escolas dos municípios lindeiros, com teatro, palestra e exposições.

Trilha da Onça

são caminhadas na mata no Parque Nacional do Iguaçu, e podem envolver instalação e checagem de armadilhas fotográficas,
observação da fauna, bate papo sobre o Parque Nacional e sua importância. O objetivo é conectar as pessoas com as onças e com o parque.

Onça Itinerante

são atividades desenvolvidas espaços públicos dos municípios lindeiros ou participação e eventos. Envolve bate papo sobre onças,
oficinas de pegadas em gesso, exibição de imagens das onças, pintura de rosto, teatro, pintura para crianças e contação de histórias.

Bafo de Onça

é inspirado no movimento mundial “Pint of Science”, que levou a discussão sobre ciência para os bares, em uma linguagem acessível e
interessante para leigos. O Bafo de Onça será realizado em bares nos municípios lindeiros ao Parque Nacional do Iguaçu, e vai falar
sobre a conservação de onças-pintadas de forma leve e emocional, buscando conexão e engajamento.

Mutirão da Onça

é uma ação solidária conjunta entre o projeto e a comunidade para resolver um problema que impacte a vida dos moradores lindeiros.
Assim, a resolução do problema é uma contribuição das onças para as comunidades.

Amigos da Onça

O grupo de Whatsapp Amigos da Onça foi criado para facilitar a comunicação com os motoristas de ônibus, táxis e vans, colaboradores das concessionárias e guias de turismo que atuam no Parque Nacional.
Os integrantes enviam ao projeto informações frequentes sobre avistamentos de onças e de fezes, que são posteriormente coletadas pela equipe do projeto. Além disso, eles enviam fotos de onças que avistam. Esse grupo possibilita um contato direto com os participantes, e é uma forma de dar a eles uma sensação de pertencimento e a possibilidade de participar diretamente das atividades do projeto.

Coexistência

Através de visitas constantes, transmissão de conhecimento, reconhecimento e valorização dos moradores locais, é buscado estabelecer um vínculo de confiança que permita engajar os moradores lindeiros e dar a eles um senso de pertencimento, transformando-os de expectadores em atores das ações de conservação da onça-pintada na região. O contato constante, próximo e direto com as comunidades visa construir uma relação de confiança. Também são realizados atendimentos imediatos a predações de animais domésticos ou de criação por onças, instalação de medidas anti-predação e orientação sobre manejo voltado à proteção dos animais domésticos, além de evitar possíveis perdas. As propriedades onde houve predação são monitoradas por pelo menos um ano, através de armadilhas fotográficas e visitas constantes.

Onça Compensa

O POI não trabalha com ressarcimento de gado predado por onças. Por falta de recursos e por uma questão metodológica: o ressarcimento não estimula os produtores a melhorarem seu manejo e adotarem boas práticas, nem estimula o trabalho em parceria. Ao invés de ressarcimento, criamos o ONÇA COMPENSA, que é uma estratégia do POI para engajar a comunidade no entorno do Parque Nacional do Iguaçu com a conservação dos grandes felinos. Identificamos talentos locais que o projeto possa ajudar a desenvolver, visando a produção de produtos/serviços aos quais a onça agregue valor, gerando uma fonte alternativa de renda diretamente relacionada à conservação das onças. Usamos nossa rede de contatos para buscar capacitação, intercâmbio entre produtores, certificação e identificação de mercados para os produtos associados às onças. O resultado esperado é que a geração alternativa de renda agregue valor à manutenção das onças vivas.

Capacitação

Promovemos capacitação para diversos públicos sobre: coexistência com onças, segurança, biodiversidade do Parque Nacional do Iguaçu, atendimento a ocorrências com grandes felinos e manejo de animais domésticos para evitar predação.

Rancho Jaguareté

Em 2018 houve nessa propriedade, em São Miguel do Iguaçu, a predação de gado por onça-parda. Desse então atuamos apoiando o desenvolvimento do local. Essa propriedade se transformou no Rancho Jaguareté em 2019, e se tornou um complexo de turismo rural. O projeto colabora com essa propriedade, identificando parceiros, divulgando e apoiando. Rede Social: Rancho Jaguareté

Tocas da Onça

As Tocas da Onça são quartos em residências de moradores lindeiros (ou casas inteiras), que podem ser alugados e fornecerão apoio logístico para pessoas que visitem a região e queiram pernoitar nas cidades lindeiras. Os proprietários custeiam a implementação da Toca, e o POI ajuda na divulgação. Cada casa cadastrada para ser uma Toca terá na frente uma placa com a logo do programa Tocas da Onça, fornecida pelo POI. Atualmente existem duas Tocas da Onça, uma no Rancho Jaguareté (Rede Sociais: Rancho Jaguareté) e outra em Foz do Iguaçu, na Morada dos Ipês (Morada dos Ipês – Parque Nacional do Iguaçu)

oca da Onça no rancho
Toca onça morada ipes

c.2. Propriedades Amigas da Onça Implementamos em 2021 uma certificação simplificada, um reconhecimento, para propriedade que de alguma forma colaboram com o POI e com a conservação dos grandes felinos e do Parque Nacional do Iguaçu. Foram definidos os seguintes critérios:

1. Apoio à pesquisa – Os moradores permitem que a equipe do projeto entre na propriedade para desenvolvimento de ações de pesquisa do POI, e/ou fornece apoio logístico para as atividades.

2. Práticas agroecológicas – Na propriedade é praticada agricultura sustentável, que incorpora questões ambientais.

3. Agricultura ou agroindústria familiar – Na propriedade existem pequenos agricultores que produzem e/ou processam a produção em sistema essencialmente familiar.

4. Ecoturismo e turismo rural – A propriedade explora o turismo de natureza, associado ao PNI, ou o turismo rural, como foco no modo de vida do homem do campo e/ou oferece opções de gastronomia, às quais os grandes felinos agregam valor.

5. Proibido caça, pesca e retirada de espécies vegetais – Na propriedade não é permitida a entrada para a realização de atividades ilegais envolvendo fauna e flora.

6. Adequação de manejo – Na propriedade o POI identificou práticas de manejo de animais de criação que a tornam vulneráveis à predação por grandes felinos, sugeriu alterações e implementação de boas práticas e elas foram parcial ou totalmente acatadas pelos proprietários.

7. Restauração florestal – A propriedade permite o desenvolvimento de ações de restauração florestal e recuperação de nascentes.

 

Comunicação

A estratégia de comunicação do projeto é bastante emocional, baseada em afeto. Queremos que as pessoas se conectem com as onças, substituir o medo pelo encantamento, e para isso não nos comunicamos com linguagem técnica, e sim de maneira simples e compartilhando com o público a emoção e paixão da equipe, e temos um ótimo retorno.
A comunicação do projeto foca em mudar o olhar das pessoas sobre as onças.
Esse tipo de comunicação visa também quebrar a barreira público-ciência (academia) e aproximar as pessoas do projeto.

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